terça-feira, 16 de novembro de 2010

Eu fui vítima!




Eu fui uma criança tímida, retraída e sempre me senti fora de lugar, era vitima constante de abusos, como gracejos, palavras ofensivas, muitas vezes servia de chacota na escola, e tudo por ser diferente, ou melhor, por ter um corte de cabelo diferente. Algum tempo atrás respondi um meme e me foi perguntado qual o primeiro corte radical que fiz no cabelo, respondi que foi um corte tipo Joãozinho, pois minha mãe teve três filhas, mas nunca aprendeu a pentear, nem fazer um simples rabo de cavalo, e por esse “corte radical”, fui vítima de bullying por muitos anos.

Explico: Quando pequena sempre tive o cabelo curto (tipo Joãozinho), hoje pode ser moderno, mas alguns anos atrás menina tinha que ter cabelo comprido. Mais ou menos a cada três meses minha mãe me levava para cortar o cabelo e mandava cortar curto, muito curto, me lembro até hoje que eu saia de casa chorando o caminho inteiro até o salão, quando chegava lá a “moça que cortava o cabelo”, era assim que eu chamava a cabeleireira, já me olhava com cara de dó e tentava convencer minha mãe a mudar de idéia, pois quando eu sentava naquela maldita cadeira é que eu chorava, pois só eu sabia o que iria passar, chorava até sair daquele lugar, chorava até chegar em casa e me escondia para poder chorar novamente e sozinha, sem levar bronca da minha mãe pelo "escândalo". Minha mãe nunca entendeu, nunca compreendeu, por mais que eu tentasse explicar, que eu tentasse faze-la compreender.

No jardim de infância começou o tormento que se estendeu até a quarta série. Talvez alguém que esteja lendo isso pense que é besteira, um corte de cabelo atrapalhar a vida de uma pessoa, mas eu sei o que sofri, as humilhações que passei, ás vezes que me sentia acuada, outras tantas que chorei escondida, outras que rezava para o dia terminar logo, pois em casa eu estava salva, na minha rua eu tinha amigos que não se importavam como era meu cabelo, se era comprido ou se era curto, ninguem me chamava de menino e ninguém fazia piada sobre mim, com meus amigos eu não era e nem virava piada. Lembro de quantas vezes inventei dores inexistentes para não ir a escola, quantas vezes fazia o trajeto da escola chorando, esperando pelo pior.  Um dia foi pior que os outros, na quarta série, naquele dia antes de entrarmos para aula, “ele” chegou, por incrivel que pareça nunca esqueci o nome e nem o rosto desse garoto “Manoel”, quando vi ele entrar no pátio, tentei passar despercebida, me encolhi, mas não teve jeito acho que ele tinha um sensor que me localizava, pronto começou as piadas com meu cabelo, comecei a ser chamada se maria homem, maria joão, que menina tinha o cabelo comprido e não cortado daquele jeito, que eu usava o banheiro errado, que  iria tirar minha roupa para ver se eu era menina mesmo, quando levantei e tentei sair do pátio ele gritou bem alto: Lá vai a maria homem de cabelo pelado; acho que a metade da escola que se encontrava no pátio riu de mim, apontou, fez piada, e eu ali, parada, com vontade de chorar, mas não chorei o que senti foi raiva por minha mãe me submeter aquilo, raiva por ninguém fazer nada. Pois de um praticante contra mim, surgiram vários outros, todos achando-se com direito de me ofender. Sinto que isso prejudicou minha infância, prejudicou minha adolescência e sinto que ainda sou prejudicada de alguma forma, sou timida, sou muito retraida e tenho medo quando sou muito olhada, muito observada, não sei receber elogios, acho que sempre são falsos, acho que ainda me vejo como aquela menina de alguns anos atrás. Passei por psicologos durante algum tempo, mas existem marcas que ficam, apenas suavizam. Para mim como criança foi muito dificil aguentar, suportar, mas acho que até do que é ruim tiramos uma lição, e esse episódio da minha vida me fez de certa forma ser mais aberta as coisas, me fez ser uma pessoa sem pré-conceitos, não julgo, não aponto, pois não quero fazer vítimas.
Hoje tenho dois filhos em idade escolar, estou sempre conversando, orientando, tento sempre captar se está acontecendo algo errado, pois não quero que meus filhos sejam vitimas e principalmente praticantes do bullying. Tenho medo por eles. Sinceramente não sei qual a pior alternativa, ser vitima ou ser que ofende, quem aponta, quem pratica.

*Talvez esse texto não tenha ficado bem escrito, mas quando postei o selo e comecei a escrever saiu esse desabafo, pois fui vítima de bullying, apenas não tinha nome, era “brincadeira” de criança.


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A Fada está em festa.

Entre, fique a vontade e participe dessa festa.
Eu já sou sócia Vip desse clube, com carteira carimbada, assinada e firma reconhecida em 03 vias. Entre para o clube e conheça essa Fada que espalha pozinho da amizade em todos os cantinhos da blogosfera.

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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Hoje eu esquecerei...

Não foi fácil escolher, mas a causa é nobre e praticar o desapego pelas coisas materiais é mais nobre ainda. Adoro meus livros, os que comprei, os que ganhei, os que me fizeram chorar e até os que comecei a gostar á segunda vista, meus livros são amigos fieis, amigos que me contam segredos, que me animam...mas eles precisam ir...é por uma boa causa....torcerei para que sejam encontrados por uma pessoa bem legal, que cuide tão bem deles como eu cuidei. Espero também encontrar no dia de hoje um livro perdido.


Ainda não sei onde os esquecerei, mas já sei quais serão os "esquecidos", Orgulho e preconceito - Jane Austen, confesso que quase não abria mão desse livro, me emocionei todas as vezes que li (tenho mania de ler um livro várias vezes) e Passion, esse é um romance água com açúcar muito bonitinho,  me encantei com a história de amor entre Elisabeth Dare e Mark Hawkmore.

E você, já separou os livros que irá esquecer hoje?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

24 HORAS PARA SALVAR SAKINEH

Inaceitável que a violência contra a mulher continue.

Não é possível haver gente neste mundo que considere correto matar uma mulher por um "erro" cometido.


Chega de violência contra a mulher!


A gente não tem como transformar a história com um simples post em blog. Mas pelo menos fica aqui registrado que não aceitamos e não concordamos com esse tipo de violência, que estamos contra à barbárie.

Leiam o texto abaixo, de autoria da Margarida.
 
 


Texto via "Banzai", o blog da minha querida amiga Margarida, lá de Portugal

http://lolipop-banzai.blogspot.com/

Vamos divulgar!
SAKINEH MOHAMMADI - ASHTIANI - PARA TODAS AS BLOGUEIRAS E BLOGUEIROS!

Lembram-se da SAKINEH?


Aposto que sim. Vi este rosto em muitos blogues, assinaram-se petições para evitar que esta Iraniana, acusada de adultério, fosse barbaramente condenada á morte por apedrejamento. Aparentemente os carrascos cederam. Falou-se até numa possível libertação. O caso Sakineh deixou de ser lembrado e comentado. Afinal de contas são tantas as causas a que temos que responder, e o Irão fica tão longe...Pensámos que tínhamos ganho uma vitória contra a barbárie. Mas os bárbaros estavam apenas á espera que a opinião pública internacional se cansasse, se calasse.

Depois, calmamente calaram as vozes internas mais preocupantes. O filho e o advogado de Sakineh foram presos a 10 de Outubro. Desde 11 de Agosto que as visitas foram proibidas, e o regime fabricou, na sombra, um novo cenário, anunciando que "de acordo com as evidências existentes, a sua culpa (de Sakineh) foi confirmada". Culpa? Que culpa é essa, que a fez ser punida com 99 chicotadas? Que culpa pode condenar alguém a uma morte cruel, desumana, atroz? Que culpa lhe atribuem para não a apedrejando, ainda assim a enforcar?

Foi contra isso que nos manifestámos, esquecendo que devíamos ter ido até ao fim pressionando, exijindo que a libertassem.

Temos 24 horas para usar os nossos blogues, as nossas vozes, para mostrar que não esquecemos Sakineh, que estamos atentos e que denunciamos não só a barbárie mas também a injustiça.


Hoje, fui alertada. Procurei na net. Está aqui, e aqui, em vários sites. Foi dada ordem para a execução de Sakineh, por enforcamento. A data indicada é amanhã, 3 de Novembro.




Sei que posso contar convosco!!!!!!!!!!!
Publicado em http://lolipop-banzai.blogspot.com/

Diga lá, se não é a realidade?

- Pai, eu preciso fazer um trabalho para a escola! Posso te fazer uma pergunta?

- Claro, meu filho, qual é a pergunta?


- O que é política, pai?


- Bem, política envolve: Povo; Governo; Poder econômico; Classe trabalhadora; Futuro do país.


- Não entendi, dá para explicar?


- Bem, vou usar a nossa casa como exemplo:


Sou eu quem traz dinheiro para casa, então eu sou o poder econômico.
Sua mãe administra e gasta o dinheiro, então ela é o governo.
Como nós cuidamos das suas necessidades, você é o povo.
Seu irmãozinho é o futuro do país.
A Zefinha, babá dele, é a classe trabalhadora.


- Entendeu, filho?


- Mais ou menos pai, vou pensar.


Naquela noite, acordado pelo choro do irmãozinho o menino foi ver o que havia de errado. Descobriu que
o irmãozinho tinha sujado a fralda e estava todo emporcalhado. Foi ao quarto dos pais e viu que sua mãe estava num sono muito profundo. Foi ao quarto da babá e viu através da fechadura o pai transando com ela ...
 Como os dois nem percebiam as batidas que o menino dava na porta, ele voltou para o quarto e dormiu. Na manhã seguinte, na hora do café, ele falou para o pai:


- Pai, agora acho que entendi o que é política......


- Ótimo filho! Então me explica com suas palavras.


- Bom pai, acho que é assim:


Enquanto o poder econômico fode a classe trabalhadora, o governo dorme profundamente, o povo é totalmente ignorado e o futuro do país fica na merda!!!
 
(Desconheço a autoria)
 
Agora me diz, se não é a realidade?
Espero sinceramente que dona Dilma como primeira presidenta eleita da história do Brasil, faça a diferença.