quarta-feira, 20 de maio de 2009

Intimidação e furto na escola

Li um texto sobre intimidação nas escolas no blog da Rosely Sayão alguns dias atrás, achei muito interessante, mas não me apronfudei muito no assunto, ontem enquanto assistia um programa chamado Profissão Reporter, que tratava sobre a vida dos adolescentes nas escolas, resolvi tomar atenção ao assunto, quando escutava o termo bullying, achava que fosse uma coisa distante mas parece que isso virou moda nas escolas. Ontem quando assisti ao programa e vi uma materia em que um adolescente de 14 anos se suicidou por causa da intimidação dos colegas, fiquei assustada e percebi que não é só em noticiario americano que se ve noticias desse tipo, pois isso aconteceu aqui praticamente no nosso quintal, na Zona Leste de São Paulo, então resolvi postar um trecho do texto que li.

Abaixo Texto retirado do blog da Rosely Sayão.

Muitos pais pedem providências da escola porque o filho passou por alguma situação problemática. Há dois temas que são campeões dessas solicitações: o bullying e os furtos. Acostumamo-nos a usar o termo bullying, mas um leitor reclamou desse uso, creio que com razão. Temos várias palavras em nossa língua que dão conta desse fenômeno e vou escolher uma delas: intimidação.
Os pais precisam saber que, apesar de essas situações ocorrerem principalmente na escola, eles podem atuar para reduzir sua incidência. A primeira coisa importante a saber é que os pequenos furtos que ocorrem na escola -em todas elas- não são atitudes de "alunos problemáticos" que não recebem uma boa educação em casa, que têm carências etc. São fruto do consumismo que temos praticado e ensinado aos mais novos. Qualquer criança, portanto, pode cometer um pequeno furto por um querer exagerado e incontrolado de ter algo.
E o que dizer do arsenal de canetas diferentes, lapiseiras, réguas e outras quinquilharias que recheiam as enormes mochilas que eles carregam? Pois a primeira contribuição que os pais podem dar é a de evitar que seu filho leve para a escola todas essas bugigangas, que, aliás, atrapalham a concentração exigida pelo estudo. Para a escola, os alunos deveriam levar materiais simples para que saibam que a aprendizagem é o que importa.
Não podemos desvalorizar esses furtos quando o objeto é de pequeno custo nem valorizá-los em demasia porque é valioso. Todos devem ser tratados da mesma maneira, já que se trata de educar as crianças.
Quanto à intimidação, ao assédio, às provocações que ocorrem entre crianças e jovens, precisamos considerar a responsabilidade que nos cabe. Valorizamos muito a competição, os vencedores e os poderosos, não é? Acreditamos que as crianças devem se relacionar preferencialmente -quando não exclusivamente- com os de mesma idade e, desse modo, não ensinamos o respeito aos mais velhos e os cuidados com os mais novos. Pois as condutas deles seguem o que ensinamos.
Na verdade, poucos pais têm se preocupado com a educação moral de seus filhos, com o ensinamento das grandes virtudes -como a generosidade, a polidez, a humildade, a simplicidade, a compaixão, a coragem. Esta última, por sinal, tem sido bem desvirtuada, já que as crianças acreditam que é preciso coragem para pegar algo que não é seu e para brigar. Os pais devem considerar que seus filhos não são apenas alvo de intimidação: muitas vezes são agentes dela. É bom lembrar que os papéis na escola circulam entre os alunos, não são fixos. Por isso, além de exigir um trabalho educativo primoroso da escola referente aos furtos e à intimidação, os pais têm o dever de ensinar seus filhos a serem morais e virtuosos.

2 comentários:

Lia disse...

Esse problema da intimidacao eh bem serio. Eu sofri muito isso, e naquela epoca nao queria levar preocupacao para meus pais. Ahco que de alguma forma, isso me fez crescer. MAS cada um tem seus limites, e talvez esses adolescentes que se matem tenha um limite menor, ou nao tenha uma visao maior da vida, de saber que o periodo da escola passa, e que existe muito pra conquistar.

Hilda disse...

Principalmente na adolescencia onde ser aceito e pertencer a algum grupo eh tao importante... um horror, mas infelizmente eh a realidade. Outro dia um vizinho nosso de 14 anos fez a mesma coisa. Vai saber o tamanho da pressao que eh para eles e, principalmente, que tipo de estrutura familiar eles tem. Familia eh muito, mas muito importante no desenvolvimento de um adolescente.
Bjs